sábado, 18 de abril de 2015

É fuga o clave contra o cume das mortalhas

não sei se escrevo 
ou te abato em desperto fundir
que importa? é fuga o ladrilho do lume 
o dia, o mesmo passado e véspera 
aos passos avolumados 
a condução, performance à parte 
aquilo que reparte: 

é fome a consumação 

da casa e flagra na dúvida um ciclo 
contínuo e imóvel — que revolve? o 
dia, flama em aparte teu, postado e exato 
que nada mobiliza, senão o passo apressado 
contra a hora, a fissura, o renome, 
pássaros intactos — e percorridos —  

provoca a luz a espinha  

da morada primeira como se destelhasse e
palavra inacabada —  é fuga o clave 
contra o cume das mortalhas

ali finco os pés 

— como se incinerado fosse arcaico
sacrifício — 
contra a volta dos que queimam  
e  ali acendidas as mãos curvassem os dedos 
em rumos num nó só desatados

é fome a vaga revelada   

como cada estorvo à hora, faísca que dorme
e espreita a presa    

apago, em tua pele 

não sei se firo, atino ou
escrevo 

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