se a voz fosse elipse e respiração, o silêncio na velocidade
da próxima palavra,
o antro comungado de duplas pupilas,
fosse elipse em diário hesitar da ascensão contra o teu céu:
quando corpo que a escória emoldura e abisma /
ágil de espinhos na vigília de qualquer desabamento
no cume que perfura a lucidez do atraso, hora que arde na eternidade,
boca na língua, céu filhote de precipício ou a sina polida,
pó daquilo muralha – preciso despir o verbal –
de modo e agouro que rasgue a infância submersa ao sono,
o olho escancarado à estirpe em cicatriz – preciso verbalizar o despido –
na caixa torácica que pela fome logrou um órgão vivo,
nela que vivo a inabilidade em conduzir a palavra dita,
vingar uno e inteiro edifício – preciso de lanternas –
remendo-me no acaso, um filme, o monocromático aceno da posteridade
e desosso o vazio furtado àquilo que adormece
/
o vazio na ruminação da ruína
/
o vazio no sonido que sobe aos ouvidos
/
o vazio nas espinhas que são de onda quebrada
enquanto simulo arfada e pulverizo a memória
entre os dentes
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