sempre horizontais:
o tempo aberto em flor
ao ventre que blinda da luz e flui pele adentro
como um parasita cego e sôfrego:
perfura o engodo do nascimento já amorfo
na diluição de si-invertebrado:
o hálito que ressoa é o
deslize das órbitas pelo espelho horário
que não um rastro de terra deixado sob os séculos:
o mofo: o toque das pálpebras acendendo o precipício
no que revela passadouro:
logro o impreterível na intenção de fixar o rosto
*
as horas não sabem contar mentiras
como as imagens que se esboçam na pupila
mas adivinham a desordem de um pássaro
enquanto comungam da banalidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário