domingo, 27 de setembro de 2015

Invade (a luz do poste ou lua)

Abrir as cabeças penduradas entre ramagens estéreis 
do filete roubar-me os olhos  
do vencido comer-me no reparo do que digo e se profetiza 
do que digo e se minimiza pelas cordas desordenadas  

essa língua de víboras 

abrir a veia em refletir inédito abocanhar de eclipses não-datados 
que não alcanço o céu inda que de braços arqueados 
e as cordas se fecham cromáticas sob as pálpebras corsárias da abreviação do ontem 
e me armam o retiro que firmam a repulsa de fuligem 
antes que o percurso contorne o ponteiro e o pulsátil
um contrário de céu lentificado 
um exílio rota avulsa à sombra 
as lentes afinando a memória do jazer-distante 
que me ampara o falso foco do desdito 
como cantar em regresso o solavanco falho do teu passo 
fosse ao contrário muda reticência do que nasce 

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