do filete roubar-me os olhos
do vencido comer-me no reparo do que digo e se profetiza
do que digo e se minimiza pelas cordas desordenadas
essa língua de víboras
abrir a veia em refletir inédito abocanhar de eclipses não-datados
que não alcanço o céu inda que de braços arqueados
e as cordas se fecham cromáticas sob as pálpebras corsárias da abreviação do ontem
e me armam o retiro que firmam a repulsa de fuligem
antes que o percurso contorne o ponteiro e o pulsátil
um contrário de céu lentificado
um exílio rota avulsa à sombra
as lentes afinando a memória do jazer-distante
que me ampara o falso foco do desdito
como cantar em regresso o solavanco falho do teu passo
fosse ao contrário muda reticência do que nasce
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