domingo, 20 de setembro de 2015

Em negativo

não eclode o rastro decepado pela boca do triunfo verbo
que atropelo como orla manchada pelo ouvido ou sucessão 
 de estragos encruzilhados ao conivente rastro que deixo como
sois que escondo rente à nuca-muda: 
tua temperatura é um conter de horas imaculadas 
e se talhada ao desvão tão inédito um desaforo sem nuvem
que em ti abre a contrição de um astro ao meio 
do não-partir entre fachos de céus desviados pela inércia daquilo 
que comporta a respiração como válvulas pelo o arfar sucinto do diário 

que fecha e degreda o inverso
que encerra e queluz
o pulsar de fotografias vultosas em negativo 
no olho das portas 

e reclamar o cio de labaredas urdindo o resgate de uma casa vaga 
 que em volta intercalada ao cordão de planetas como decapitar de contratempos 
decapitar de enfim-trajeto ao teu lugar altivo
ao teu riso de estilete que traça um rasgo ao vento  
trilha de embriões repentinos: teu pulmão ramificado em astros fora de foco 
é por inteiro vento o que conclui a lágrima em renúncia forjada   
desacreditar o afinco que minto como árvores desobedecendo a gravidade 
decifrar pelos meios internados aos fins e escapar antes
de desertar o dia

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