sábado, 9 de maio de 2015

Singular é o breu

presume o enfado sem
tato acordo num meio-sono dedilho o piso
destrinchado às nuvens que não suspendem os cacos acordo num sono-avulso
os nomes dilacerados o cerne concha e o fulgor abrigo dentre os fios padece a língua: fuligem tarde: escarlate

3 comentários:

  1. Na verdade não é o já exausto claroescuro, de sim e de não... de compreender "o por que" do autor ou qualquer caracter poetico que ali se jogue (e infinitize a gosto ou contragosto)... na verdade, acho que é mais simples, infantil, no sentido da infancia dos homens... por que a insistência (e esta pergunta não deve ser respondida de forma expressa -- jamais, porque uma definição simplesmente reduz o que pela arte se articula sem fim) em não ser voluntariamente claros? não estava me atendo-me ao primeiro momento da analise -- em que busco o que ou autor quer dizer, por isso falei do Ivor A Richards, quis pontuar em teu texto o meu proprio sintoma... nas suas maravilhosas palavras, sim, o meu soslaio porque eu não sei o que tu sentes. eu não vejo o que tu ves e esta barreira é quase sempre intransponivel. mas nem tudo é linguagem porque ha vida sem sentido. e nem se chama vida. não se chama nada. se cala?

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    1. a linguagem e o silêncio substanciam a mesma imensidão: quando uma fala, o outro adormece, mas num sono lúcido, sem pretexto ou texto, a impressão somente: habita na designação das reminiscências.

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    2. não digo daquelas que vivem-se diariamente e perduram em mera racionalidade. são lapsos escapados, sem sentido quiçá, mas percebíveis: é a língua que o torna reflexo, na inocência de ser-dito.

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