é foice seleta a profusão da fome que me sobe aos ossos
do riso como se não bastasse adivinhar no rastro
o crime cometido às escuras do dito
a farsa come o corpo da traça sedenta pelos
restos do reflexo teu
arde nos tijolos um ofuscar ausente os dedilhares do dia
arde e deplora-me fusão entre o ontem que se extingue
e a lucidez em exceder as mãos
(das fissuras um inimigo fugaz que em mim rasga
e falsifica a nuca)
é altura o abismo escondido no chão?
é, em sôfrego e enevoado vão, a quietude
de uma palavra petrificada?
olho como se a paisagem se resvalasse em sangue sozinho
no lume e fosca a faísca da finidade acendesse-me
um fósforo movediço
não, sou ainda imagem que se reduz à fumaça
do incabível e percebo nela o tronco da ideia nunca lapidada
e percebo, como quem rouba flechas, as curvas do amanhã
por onde acerto-as desequilibradas
olho como se apartasse o primórdio da mentira
como se a cada vão o erro fosse lança aos nomes todos
meu nome, um devir enfadado: sol que me ausenta; e me apaga
do riso como se não bastasse adivinhar no rastro
o crime cometido às escuras do dito
a farsa come o corpo da traça sedenta pelos
restos do reflexo teu
arde nos tijolos um ofuscar ausente os dedilhares do dia
arde e deplora-me fusão entre o ontem que se extingue
e a lucidez em exceder as mãos
(das fissuras um inimigo fugaz que em mim rasga
e falsifica a nuca)
é altura o abismo escondido no chão?
é, em sôfrego e enevoado vão, a quietude
de uma palavra petrificada?
olho como se a paisagem se resvalasse em sangue sozinho
no lume e fosca a faísca da finidade acendesse-me
um fósforo movediço
não, sou ainda imagem que se reduz à fumaça
do incabível e percebo nela o tronco da ideia nunca lapidada
e percebo, como quem rouba flechas, as curvas do amanhã
por onde acerto-as desequilibradas
olho como se apartasse o primórdio da mentira
como se a cada vão o erro fosse lança aos nomes todos
meu nome, um devir enfadado: sol que me ausenta; e me apaga
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