domingo, 30 de novembro de 2014

1997

os raios, instintos de cada ondular contido, vívido, incinerado
irrompem às seis, traçando tão remoto trafegar-se, 
ensaiam a dormência das sentinelas, 
congestionam o levante da penumbra não-restrita ao que desvanece

os raios ontem tropismo do acaso, 
implodem dos viés dispersos entre muros e 
eras notívagas

a hora inda interposta ao resvalo das tríades censuradas pela madrugada 
os raios as arqueiam em divagação falha, as restringem, 
despem a ossatura da reparação 
da hora inda dissociada, rede cuja aparição perdura inconstante 
e releva assinaturas 

às seis, a dinamicidade não resgata estrelas apagadas 
ou decodifica aquilo que, habitante de
terras inóspitas, jamais retornou à égide de infértil-palavra

(o cegar das muralhas se nomeia solidão)

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