quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ocaso

da mudez, pernoita o supérfluo, 
vívere do refúgio que
rompido se entremeia 
à pétrea redoma-andarilha
porvilha o concílio vagante da chuva, 
indefensáveis menores 
sobre a síntese do alheio  
(em desatino que se antecipa)
pernoita a impressão de 
um ato já fossilizado, meandro do que
divaga sucinto 
na sombra de não ser
sorve o desvencilho dos dentes, 
prematura o desencontro (um feixe
de luz sob os fios de cabelo) 
da mudez retraída, lancinando vocábulos, 
soube o limiar da distância, 
montanhas que se aparelham 
de corredores (lacrados)
soube o limiar do estrangeiro, 
do inativo, aparte preterido
invólucro permeável ao desatar 
da mudez intransponível 
à poda que formaliza teu acúmulo  
te campeia em inanição, 
te deflagra as vísceras e 
dia após dias como palavra 
que não sucede 
penumbra 
te estabiliza   
o pulsar 

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