Obrigações rotineiras ornamentam
o carrossel de cores intransigíveis
que reiteram meu andrógino centeio maquinando
o truculento fósforo andaluz, o lírio-lirismo
o simplório gargarejo manuseado
por maquinarias omnipresentes
contadores fosforescentes enquadram meus olhos
no ponto mais alto do viaduto dos pensamentos caóticos
estou cansada, estou cansada
Em algum lugar a vida corre
em crônicas mal acabadas e fitas destripadas
poli-osmose transcendental de objetos asneiros
vagueiam entre os vagalhões empoeirados
das minhas veias necróticas e
se erubescem na rosácea secular que floresce
entre os minuciosos alicerces do meu corpo
Caricaturas plásticas inviabilizam a romaria dourada
aprisionada superior aos reflexos permeados
em meio à devassidão do céu de Agosto graças à repressão
do meu auto-sacrifício relembrado em versos sutis
onde miríades saltitavam à beira de solavancos desvencilhados
e mares inertes
Mas passaram-se meses e
a matérias pútrida nos orbes eternizados pelas cordilheiras fictícias
desintegrou-se antes da última contemplação
terna e vívida dos ponteiros monótonos
que observava no relógio de pulso (doentio?)
já agora não mais caminho rés do inventário antecedente à perdição
Roteiros envelhecidos de uma existência múltipla
codificada em símbolos burlescos
eu retrocedo no devaneio quase que inadequado
para instantes públicos e a minha voz
falha nos tons mais aparentes
eu retrocedo na poesia que assoberba meus pulmões de ar
entre as mansardas sombrias da minha mente e as estrelas
que balbuciavam clandestinos desatinos
eu retrocedo na conspiração em exasperar as
entre-linhas do pretérito, do estardalhaço
e enalteço o retrocesso tardio
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