como, esquivo corpo submerso,
adoecer o grito e nele a sina?
desmedir o palato da alvorada
e o olho que trepida tempestivo no teto
amortecer a penumbra?
o rasgo cede ao pranto, o enredo ao descolar
de quase-lapso de penugem ou frio
que vem e invade o ouvido,
o riso é uma flecha-labareda, maré que sobe
a minha garganta e inunda o poderio de cada arfada
em cada meia-alçada o esqueleto do teu clive
irradia o trono até o carnívoro do vento;
à pupila que dissolve e sente o decurso das mortes sacralizadas,
nas casas onde o resguardo é um ocidente falho, um fogo-fáctuo,
caminha a palavra em travessia,
maré que sobe a minha garganta
e decifra o eterno do mar;
ascendo, as ondas se elevam
como montanhas selando o sono do predador,
decifro e esqueço o nome que me dão,
as ondas se elevam como brasas repentinas
e cessam no acaso das pálpebras;
como tecer um espasmo no dito, no riso,
na mansidão dos corpos que parelham
ainda-constelações caladas ao rugido do ouvido que esfria
e ascender no escuro?
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