terça-feira, 18 de agosto de 2015

Simulacro de partida

Incendiar-me é fazer chover entre os desertos grafados nas veias 
balouçar como uma rua dentro das árvores 
dizer que não é tarde inda que posso enxergar tua fronte no escuro 
e decalca-la de súbito antes que a cegueira irrompa
na imagem de um navio

2 comentários:

  1. oi queria pedir permissão para publicar uma tradução que fiz do poema "surdomuda" que eu gostei muito.caso queira alguma correção ou julgar indevido nem publico. será postado com os devidos creditos mais o link para o poema original.


    sobre a tradução tive imensa dificuldade, começando no título surdomuda que não é a mesma coisa que 'deaf and dumb', tradução literal do mesmo termo... que seria, no mínimo, uma redução e uma falta incapacidade de perceber (stesis) o que a proximidade entre a falta dos sentidos quer indicar... o que a insensbilidade (abstraindo os juízos de valor) tem a mostrar... a coisa que mais
    se aproximou em mim foi afterdeaf, que seria o que está apos da ausencia de falência de sentido, como o nevermore de edgar alan poe, que sabia que o never se potencializa cada vez mais como o mais, com o 'more, observendo que usa o depois como marca passo, fiz o mesmo no titulo /// usei 'converse' ao inves de reverso = reverse (que em nos vai bater em converter mas para eles também tem o sentido de reverter, o verso) /// na parte do "baixo rio crepitando na boca", também me utilizei da aproximação entre cripta e criptografia, e ao invés de low river, classficação inexistente na limnologia em lingua inglesa, preferi o termo em frances, 'Bas', como em Bas-Rhin /// tiver por varias vezes, a sensação de que a poesia (dos outros na santidade peculiar entre o leito e o autor) é uma religão que se perde, poesia não tem nada a ver com alcance,
    talvez mais com o seu oposto... então talvez ai comece a traição da tradução, essa tentativa de alcançar o que poeta jamais quis...


    after the converse's combustion on scene sans time spoken
    whose ate itself and a discourse of earthen eyelids as bas
    river encrypting in the mouth
    after an electrified course by the wind which fall upon the skin
    when the hall of pristine hours
    and the spark of becomming harmed through all the same
    and the constellation decay through deactivated lock
    at the door to
    some emergencial rise alike in thy anatomy that never
    needs the routine of wings
    after a child that run away to an imposed layer upon
    the research that cut all vociferating embryons
    after the protected disorder between the edge of
    fingers against fear without voltage or briefly
    pulse and collapse of each remote dark archipelago
    after what the almost-unveil that entangled a enclosure
    of random pictures igniting trail of kamikaze paragliding
    heads
    heads as concentrated landing camps
    absence that spread ways of desintegrated fists upon
    the devouring planet

    (
    after
    )

    after the broken sine paper wave among underground stairways
    the departure as the betoken entail of borderline hands:
    thyne intangible fire of chords and landscapces
    after slaughtered myself the speech and fragment of sound the decay
    that still descends heights to the ears
    and thyne spaces yet encoded reminding the patterns of bed sheet:
    the labyrinth contrition
    after seven the sharpen of thorns on the ground: the second marked
    by the morning collecting itself in exile until the end
    of main steps
    under the sun rays that invaded me

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    Respostas
    1. Oi, não me importaria caso postasse, aliás o resultado da sua tradução me suscitou certo espanto seguindo da impressão de que uma cidade desatava em outra ponta de planeta. parabéns!

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