domingo, 14 de dezembro de 2014

Arrisco hoje a testemunhar escadas

das enunciações distraídas, enfermas por serem tardes demais
e menos que imprecisas quando ouvidas por relógios 
desatentos, dos vagantes que passam detrás da corja de fios e suplicam,
senão sacrifícios, o rompimento da última artéria, comunhão
derreada, atada ao labirinto, 
como prover o resgate, como alquebrado alarmante de se absorver a
uniformidade dos elementos que expelem o inverso de gris 
sem ao menos delinear fronteiras
como prover o estável nos horários contidos até ser flagro o 
ultimato, já desordenado, desnovelado ao vime da sina, 
declarar que os rasgos se subverteram 
e retiveram o empenho dado a neblina do bônus, 
a dureza do fardo dia após dia lancinava o inebriar dos pulmões 
que selavam o ar desde o amanhecer, já cardidos, pardos por não efundir a noite, 
já não ser cômodo o corpo, em desventura, lograr o viril ao ônus, 
como prover a escapatória e fundar quiçá um repouso 
para as têmporas fatigadas após meses em claro 
  embora o sol jamais laminasse 
as janelas pretendidas  
quando cientes as asas que abandonavam o cardo nos telhados, 
quando distantes as pontes que uniam cada tráfego nas nuvens, 
(arrisco hoje a testemunhar escadas)
como proverei tessituras que se emendem a mim 
e ao vaguear de sombras ao mesmo tempo 
em mesmo clive? 

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