sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Primavera (IV)

o céu que em ti amanhece o gris de todos os anos não-contados; de todos os lapsos, enterra  ao reflexo aquém-aquece pálido  o bosquejo fictício das ausências; (a primavera antecipa o alvorecer com estadia certificada); o teu alfim alojado-mártire na abertura dos lábios renega o ultimato nascente, mas excede o limite de equilíbrio; lembra dos risos, das sentinelas, das figuras e dos métodos arcaicos que adiavam o sono, embora o sonho perdurasse nas medianas e nos escapes da rotina? a reverberação dos sonidos mais inaudíveis contra o empasse das cortinas ateadas; contra as arfadas do sol; teu renascer ainda sustenta a fuligem que persiste no ato de divagar primaveras 

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