sábado, 9 de novembro de 2013

Alvor de Novembro

Não, não absorverei qualquer efeito destes raios superficiais em meu rosto 
A palidez de um corpúsculo em metamorfose sufocado pelos membros impiedosos 
Acresce sua matiz alastrando-se numa frequência sem tempo 
O sol que em nos arde e se alimenta de nossos sonhos desaparece por detrás das nuvens como um pássaro atordoado 
Não mais hão palavras a serem proferidas
Meu verso antiderrapante circunda vossas têmporas caducas e despenca pelos telhados do esquecimento
Aboli todas as conclusões, invoquei os espíritos da minha infância tardia
Nada mais repreenderá minha ida breve aos bulevares da eternidade 
Permitam que eu possa entregar o seio faminto da taciturna e inespacial solidão dos dias 
Ao espectro forasteiro que, como num grito, põe em brasas nossas existências

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