É como a sinfonia orquestral que irradia dentro do cômodo
como declínios averiguados num meio riso que lancina
peripécias falsificadas nas amídalas serafinas
toda presunção brotando da garganta de Medeia
Como a solidão d'uma coreografia constante
invadindo a primavera com névoas e gases
serpenteando brios sustentáculos que
ao deitarem sobre o recorte de luz
prontificam unânime competência inválida
e resplandecem aos prantos
entre engrenagens e caricaturas fingidas
Como num cosmopolita cordel in-color
no qual embarca o trem rumo à Pasárgada
onde terras cinzas e famintas
desfolham placidamente o sonho
em que armei rodovias eternas
Há de clamar por instabilidade frutífera
se desvirtuosos coágulos sanguíneos
tecem o disparate que ocupa horas
nas quais a sobriedade repousa intrínseca
ao bem resguardado primor de desencantos
Há de clamar por devassidões jazentes
que no âmago de Ginsberg se contestam
quando, em ínfimos segundos, substâncias ilícitas
rasgam as expurgadas vísceras e profanam
os mares sórdidos expelidos dos teus olhos
Ei de rogar por conformismos temporários
por quais urdo ideários
em ermos lapsos de agonia
e desmitifico amnésias
equiparadas à cortante efeméride
onde, em cio, línguas arpam odes mundanas
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