Atordoam-me misantropos cios no alvor
aludindo esquinas
pois percebo que a rua adiante
será interditada caso a chuva
continue a inundar
torsas mônadas errantes
de esgotos à céu aberto
Que o mundano espírito de porco
permanecerá a se apetecer de nosso sangue
anêmico enquanto os portfólios semanais
de midiática antropofagia anseiam
a articulação de mariposa
Que a verossimilhança coincide e é esta
que me atrai ao dar vazão à nostalgia
quando os perfis contrários da estrela-sol-nascente
repudia a minha descrença nos partícipes
do espetáculo
Que a reviravolta das águas gargarejadas
entre retratos monocromáticos
e milagrosos rasgos de céu
verte poeira-poeira nos crânios
e concede alusão ao róseo-gris
fustigados nos desvios
que transpassam feminoceanos
Que os rotos escrúpulos lançados ao avesso
nos pélagos anis cismando dentro dos olhos
esvaziam meus bolsos peregrinos e agridem
a esperança inumada no epitáfio de escritura
que já não condiz
Nenhum comentário:
Postar um comentário