Nenhum de
nós estará vivo quando o leitor abrir este livro. Mas, enquanto o sangue ainda
pulsa nesta mão com que escrevo, você faz parte, como eu, da bendita matéria
universal, e daqui posso te alcançar nas lonjuras do Alasca.
[...] Estou pensando em bisões extintos e anjos, no mistério dos
pigmentos duradouros, nos sonetos proféticos, no refúgio da arte. Porque
essa é a única imortalidade que você e eu podemos partilhar, minha Lolita.
Últimas linhas de Lolita,
por Vladimir Nabokov
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