[...]
E da íntima noção de impossibilidade em pôr-se à altura da realidade, nasce o poeta.
Vigilante astucioso na branda sensibilidade do olhar ao mundo, onde a abóbada transcendente apresenta-se como um oceano de detalhes ornamentais, todos constantes na eterna prática de cambalear em teorias históricas.
O olhar é a alma, que se expõe sem dedilhares numerológicos, mas com um termo inventivo do coração que pulsa junto a ordem astronômica do universo.
O universo é um detalhe, o resto é sensação.
Como expressar assim de modo tão vasto aquilo que exprime até mesmo o pormenor de um toque?
Como um enredo feito sob a linha tênue de mármore e rosas, é inacessível como manuscrever a eternidade.
Aspiram por atingir os mais distantes interstícios da complexidade enumerada anonimamente chamada espaço aberto, o mundo sem máscaras, digitais, conceitos e só.
Mais do que intérpretes da má intenção de sonhar, tornam-se insanos em louvor à procura do lado avesso da lógica, a dualidade da poesia.
Uma rosa que floreia é um choro que inundou o jardim.
Ou um jardim que inundou o choro.
A platéia de luzes não aplaudiu seu teatro retórico.
O esplendor das lágrimas vanesceu e restara somente o fardo, a inconsistência do verso. Blasfemando em miúdos, o poeta é um contador de hipóteses, um criminoso disfarçado de bobo da corte.
E da íntima noção de impossibilidade em pôr-se à altura da realidade, nasce o poeta.
Vigilante astucioso na branda sensibilidade do olhar ao mundo, onde a abóbada transcendente apresenta-se como um oceano de detalhes ornamentais, todos constantes na eterna prática de cambalear em teorias históricas.
O olhar é a alma, que se expõe sem dedilhares numerológicos, mas com um termo inventivo do coração que pulsa junto a ordem astronômica do universo.
O universo é um detalhe, o resto é sensação.
Como expressar assim de modo tão vasto aquilo que exprime até mesmo o pormenor de um toque?
Como um enredo feito sob a linha tênue de mármore e rosas, é inacessível como manuscrever a eternidade.
Aspiram por atingir os mais distantes interstícios da complexidade enumerada anonimamente chamada espaço aberto, o mundo sem máscaras, digitais, conceitos e só.
Mais do que intérpretes da má intenção de sonhar, tornam-se insanos em louvor à procura do lado avesso da lógica, a dualidade da poesia.
Uma rosa que floreia é um choro que inundou o jardim.
Ou um jardim que inundou o choro.
A platéia de luzes não aplaudiu seu teatro retórico.
O esplendor das lágrimas vanesceu e restara somente o fardo, a inconsistência do verso. Blasfemando em miúdos, o poeta é um contador de hipóteses, um criminoso disfarçado de bobo da corte.
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