rasgam-se os centímetros da água que expurgam todo o fétido da ferida
um mote contraído na língua aflita aos vocábulos
todo asco é só um pouco do casco
minha estrada que carqueja esbelta pelo receio
simples ato sem forma na alvorada do então / eu risco aberto ao intangível
na postura que d-vagar evade pelas paredes
o ultimato rasgado desaba roto à imensidão
retrato do vão, do personagem falho que cala e concede ao esquiva a memória,
do convite à escória
o coração exposto em plena brasa, desavisado,
alado nas asas de um céu que se move pelo cérebro sonâmbulo das ruas
rasgo a cara furtada ao que dorme às pontadas
e embaço o espelho na ruga do dia
a historicidade submissa a cada gesto de fronteira como vencer a fome
que já não implora à madrugada :
sou casa e muralha de vento constante, o súbito, díssono de onda lanceado
na eternidade
rasgo-me em vale :
os telhados sobre as casas, a pureza ferina de um céu sem bandeiras
(o intento é definhar a víscera até que se exploda o cáustico
enternecer o descaso a andarilha pálpebra do porvir)
na ferida que inda espreita o rosto surrado a cada caco do teu repasto
a cada gaze sem desfeito: durmo o sono dos animais mais hostis
sentindo o disforme balouçar das horas como um contágio
alado nas asas de um céu que se move pelo cérebro sonâmbulo das ruas
rasgo a cara furtada ao que dorme às pontadas
e embaço o espelho na ruga do dia
a historicidade submissa a cada gesto de fronteira como vencer a fome
que já não implora à madrugada :
sou casa e muralha de vento constante, o súbito, díssono de onda lanceado
na eternidade
rasgo-me em vale :
os telhados sobre as casas, a pureza ferina de um céu sem bandeiras
(o intento é definhar a víscera até que se exploda o cáustico
enternecer o descaso a andarilha pálpebra do porvir)
na ferida que inda espreita o rosto surrado a cada caco do teu repasto
a cada gaze sem desfeito: durmo o sono dos animais mais hostis
sentindo o disforme balouçar das horas como um contágio
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