sexta-feira, 22 de maio de 2015

Mapas

queria juntar eles todos e cortar a brasa da espera frente os navios ancorados. remendar do equilíbrio como os corpos desunidos num silêncio que definha.  penso nela: a possibilidade de externar o fogo vendado na pele que perfura a flecha. apagá-lo até o desmoronamento dos astros: penso em como do escombro resgatar o vestígio duma presunção qualquer e exata: falho ali, nela, sina enevoada. até desmerecer o intraduzível, emancipar o país invisível à imensidão que cala o juízo. que mesura compete esse fio de luz? queria cortá-lo todo, tecer uma espinha de estrela no cerne preso às fronteiras da língua. a língua cai consumida por poeira, resvala, errância é jamais recuar à culatra. mordaça! – queria um filete mero de poderio findar nos desvios das marés dum dia quiçá retrocesso. que adio a memória dos zigue-zagues: nós ascendíamos sobre a montanha. a cidade: era outra, era tarde, remendos de ferrugem dado ao concreto e ato imerso: não havia cidade, era uma constelação alada, constelação como o borrifo da caneta, coisa perecível. e tal. e alvorada terminal: o meu desejo incidindo frente o códex da morada tua. como te decifrar num sobressalto? no papel portátil, papel intacto sem recuo ou verdade. nele teço o cardiograma na solidão das ondas. adivinho o pulsar da sentinela que os corredores proíbem, mas ecoado perfilo o tempo numa fotografia: fito a brancura inexata das perfomances e é o sol que figura: criatura filha das chuvas primeiras, que perdura em laivos às portas minhas? revela nos deslizes o acorde-fáctuo das distrações: queria juntar elas todas numa evasão e 
evaporar  

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