terça-feira, 24 de setembro de 2013

Anomalia

Escrevo arfada e morro poesia 
Tarda noite
                                     tarda dia
tarda verso
                                      tarda fado  desatino          
          Posso sentir o tamborilar miúdo do sol-desvario 
queimar ante às vértebras grisalhas que te sufocam
e definhar modinhas num meio riso vazio
Escrevo redimida e enraízo-te à esquina da desolação, 
           margeias codinomes às nove horas da manhã 
           no teu monótono ensaio de caminhar paragens 
recito assintomático manifesto profano enquanto marejam teus deslizes imunes
Escreves em minh'alma a poética dos andarilhos aflitos 
incinero os restos cotidianos de atemporalidade
do mar, da liturgia, do gentilíssimo desenredo
           e morro poesia 

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