A pálpebra industrializada se fecha diante das caravelas cegas
calafrios reverberados como numa contração de parto
dedos alados dissociando miríades de sensações
entalhes aclamados em referência ao espetáculo circense
faces envernizadas tangenciando arquétipos
gaudérios titubeando fados num dominó fulgurante
ondas correndo do mar em direção aos elevados congestionados
páginas alvoroçadas beijando os alvos dorsos das nuvens
calafrios reverberados como numa contração de parto
dedos alados dissociando miríades de sensações
entalhes aclamados em referência ao espetáculo circense
faces envernizadas tangenciando arquétipos
gaudérios titubeando fados num dominó fulgurante
ondas correndo do mar em direção aos elevados congestionados
páginas alvoroçadas beijando os alvos dorsos das nuvens
Estagna-se: o cenário sucumbiu, algozes vigilantes da realidade supersônica
às convulsões que sucedem ante
ao tempo, retorno
epilepsia eclode fulgores rasteiros de
emancipação
deforma a ternura maltrapilha de dois olhos:
ao meio partem os segundos pardos no escuro incandescente
flamas
esverdeadas, eu contemplo as barreiras metálicas
respirando a fumaça
tóxica característica de trens solares
que se esbaldam ao entreter-se com
clarins e espirais
e findam no vazio depositado em versos
Ciência baseada no olhar pacífico dos passadistas roucos
que salteiam pelas superfícies consagradas
onde há tiroteio ressentido em toda alvorada
o olhar engloba o mundo em fragmentos
e especifica malfeitos eternos e enaltecidos por desvario errante
alicerce pré-erguido nos ossos da mão anestesiada: transcender
monumental paisagem de céu prateado que beira ao caos e
enquadra pretéritos
Destruo as raízes num gaguejo ingênuo
luminescência ao
fulgor intrínseco
palpita
os acessórios lúdicos
em
montes de nebulosas
inconstantes
precipitações
desaguam
na rua dos delfins miraculosos
veículos
em contrapartida arranham os tecidos nervosos das estrelas
artilharia
de concreto incendeia quando em contato
com
as saciadas palavras dos que partem
o
pouso da mariposa — tempo! tempo! tempo! tempo que chora
escrevo
e em vão vocifero: a sobriedade jaz alienada na razão
Por não querer clamar — clamando— rebento
soberbos na vidraça quebrada
Por não querer partir — partindo — supremacia marginal nos gêneros-nódoas
Por não querer partir — partindo — supremacia marginal nos gêneros-nódoas
certifico as encruzilhadas das estátuas-vivas
bordo e desdobro o papel de parede
coberto por lodo & partículas incolores
e me apetece os estirpes
enquanto minha articulação literária arde em fogo
coberto por lodo & partículas incolores
e me apetece os estirpes
enquanto minha articulação literária arde em fogo
pois, passiva, a paisagem
hermética
jamais me cegará
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