Sinto que
cada reflexo inerte
deve-se a uma impressão que jaz agora
no cemitério dos pensamentos já esquecidos
E a louca noção de fuga
desfaz-se num gesto sorrateiro de perplexidade
Espero que anterior
à aurora do devastador regresso
Reste-me uma ilustre palavra
caminhando de encontro à insignificância
mas proferida em silêncio,
eu silencio
eu silencio
Simples e até mesmo aperfeiçoador
é o sonho de paredes frágeis que em meu coração habita
Sim ― a distância, o esplendor,
a onisciência, o fantasma da lembrança.
Eu sou a linha curva entre o céu e o inimaginável.
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